sexta-feira, 16 de março de 2012

Penso, logo "estou vivo"

       A vida, em sentido finalista, é direcionada a determinados fins, tanto físicos como psíquicos. "Estar vivo" está intimamente ligado ao discernimento do ser pensante em si próprio. Bem como está relacionado a fins inerentes a todos seres humanos.
     A vida humana é movida numa finalidade dinâmica de adaptação e evolução, inter-relacionando-se a fatores intrínsecos e extrínsecos provenientes de características biológicas e psicológicas. Sendo assim, o viver é consequência necessária do pensamento, porque neste o homem se reconhece como ser vivente. A propósito, sem o pensar não há o "estar vivo", ou seja, o raciocínio reconhece seu próprio dinamismo e em comparação com a bagagem empírica-racional, dá-se a consciência do "viver" ao homem.
     Estar vivo está ligado a finalidades condicionadas a toda espécie "Homo sapiens". Nesse sentido, a consciência não decide absolutamente livre, pois esta liberdade está parcialmente sob condição de fatores inconscientes, hereditários e do meio que se vive. Isto é, tanto aspectos inconscientes, inatos e do ambiente como a consciência individual projetam conteúdos em forma de condutas, sensações, pensamentos e sentimentos. Estes, em conjunto, incidem em outro fim conhecido por "felicidade" que é a mais autêntica condição de estar vivo, porquanto é o produto de todo esse ciclo.
     Conclui-se que a finalidade do corpo e da mente são inseparáveis, ao passo que juntos buscam fins procedentes de outros fatores que, dinamicamente, transcendem em direção a felicidade. Portanto, a  vida,   movendo-se ao "ser feliz", é consequência natural de estar vivo.

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