domingo, 26 de dezembro de 2010

"A fé começa precisamente onde termina a razão." (Kierkegaard)

A meta do homem é sempre seu melhor? Uma amostra evidente de como a vida não é só um palco onde se é colocado a atuar sem um roteiro. A vida é um local de treinamento e é inevitável que sejamos postos a teste. O homem tem que provar todo dia o porquê de ter vindo. Não provar para ele mesmo ou para seus semelhantes, mas para algo maior que excede qualquer capacidade de conhecimento por mentes humanas, sendo apenas acessível ao que chamamos fé, onde o que move denomina-se “acreditar” e “seguir”. Acreditar e seguir em virtude do infinito, mesmo onde não há discernimento, pois se houvesse não seria fé, seria acessível ao entendimento e dessa forma estaria no âmbito da razão. A fé, maior de todas, não segue os instintos do homem, não segue a sua emoção e não segue sua própria capacidade se raciocinar, mas acredita e segue algo desconhecido, somente acessível ao ente fé onde o tocante é apenas praticado pelo constante impossível.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Um ponto gritante da verdade

Ao ver o nascer do sol...
Pergunto-me há quanto tempo não o fazia? Desde quando a vida se tornou tão diferente? Será um estado natural? Às vezes percebo como o caminho está se afunilando, talvez rápido demais ou simplesmente no tempo certo. Será que dará tempo de chegar pronto? Quando penso que posso estar atrasado nessa preparação, crio mais forças para acelerar este treinamento, afinal não quero correr o risco de chegar lá despreparado. Às vezes penso que se mais adiante quando estiver mais estreita a passagem, não terei que escolher entre o que está no meu raio de proteção e partir para um âmbito mais amplo e complexo. Mas não estou sendo treinado para isso? O porquê da dúvida? Inevitavelmente criamos laços ao que está próximo de nós, e fixamos raízes. Na medida em que atingimos o patamar de fazermos o que fazemos em virtude do infinito, e procuramos cada vez mais movimentar-nos pelo eterno, as raízes que nos prendiam aos sentimentos que adquirimos no nosso raio, tornam-se pilares e servem de base a atingir o mais alto possível; como as folhas das árvores que crescem em direção a luz do sol, sendo sua raiz o que lhe dá sustentação e não o que prende seu crescimento. E o nascer do sol?
... estou no lugar certo para vê-lo se pôr.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Na trilha da felicidade?

Quando se descobre que tem um objetivo a cumprir e começa a seguir suas trilhas, a existência ganha substância e significado. Quanto mais se aproxima, o caminho afunila-se e cada passo dentro dessa trilha ondulada é um treinamento único para você chegar pronto ao final dessa estrada. Mas aí que surge os riscos. Muitos deslizamentos, chãos escorregadios, buracos, morros, pedras, cascalhos, feras selvagens e tudo para te fazer desistir. Porém havendo determinação, a dor é suportável e logo depois vem o alívio e a gratificação do dever cumprido. Todavia, quando você sentir tal alívio, verá que a verdadeira felicidade não está no dever cumprido, e sim em todos os atos do início até a chegada, ou seja, no caminho. E neste ponto que encontrará a real felicidade, que foram todos os seus sofrimentos, lutas e perseveranças; paixões superadas, vícios sanados, decisões difíceis e portas estreitas; e todas as pessoas (inclusive as que te magoaram e enganaram) que te acompanharam certos momentos da caminhada e outras que permaneceram até o fim. Aliás, este fim é insatisfatório e o que importa é dar continuidade.
A estrada é longa, e no fim, o destino foi toda sua jornada.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Um passo bem-aventurado para eternidade

Todas as respostas que preciso estou a procura dentro de mim, pois sei que nas camadas mais profundas do meu ser encontro a verdade, talvez a única verdade, carregada de uma luz, transcendente a capacidade humana de discernir, que só de maneira a mover-me pelo infinito, é acessível ao si mesmo do meu ser. Mesmo sabendo disso, sei que às vezes preciso de um ponto de referência, uma voz em meio a todas na multidão que se diferencia com um timbre cheio de brilho portador da mensagem, que somente de maneira sensível ao exterior e capacidade para reconhecer o mensageiro, fui capaz de absorver e reconhecer esta absorção.

"Constantemente efetue o movimento do infinito."

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Seres humanos: robôs emocionais?

É impressionante que com tantos meios de comunicação, avanços tecnológicos e a explosão em transferências de informações, o homem se sinta tão só. Se para sábios a solidão é um meio para evoluírem sua sabedoria, por outro lado, para a sociedade é meio para regressão no processamento de informações. A “bomba” de conteúdo jogada a cada instante no mundo globalizado desenvolve cada vez mais rápido os meios de comunicação e tudo no que diz respeito à tecnologia, porem as pessoas se tornam mais “frias” pela falta de contato e com a crescente responsabilidade por melhores serviços. Com tantos benefícios tecnológicos, a humanidade tem perdido o que há de mais simples nas suas relações interpessoais: a emoção. Com formidáveis desenvolvimentos, pessoas se transformam em “robôs” e deixam de lado sua estrutura psicológica mais primitiva, sem a qual se torna insuportável sua existência: o sentimento. Contudo, o homem há de melhorar no campo da sua consciência sobre os limites da tecnologia para com suas necessidades psíquicas fundamentais, como o contato humano na comunicação com o próximo. Dessa forma, respeitando seus limites emocionais como conversar, sorrir e brincar, tornar-se-ia mais “humano”, beneficiando cada vez mais o convívio com seus semelhantes e conseguintemente contribuindo para a harmonia social.